A articulação política do governo Jorge Pozzobom (PSDB) terá de entrar em campo e trabalhar muito para resolver os problemas na Câmara, já que terá minoria, como sinalizou a primeira sessão do ano, na terça-feira, além de apaziguar os ânimos com um dos partidos aliados, o MDB.
Na noite de terça, a direção do partido se reuniu e mostrou todo seu descontentamento com o governo, admitindo a possibilidade de deixar a prefeitura. A gota d' água foi o resultado da sindicância do Parque de Máquinas da prefeitura, que apontou, entre outros, o ex-secretário de Infraestrutura Tubias Calil por possíveis erros no sucateamento do parque.
A direção avalia que há uma tentativa de atingir a gestão de Cezar Schirmer como um todo. Para a cúpula do MDB, como a CPI na Câmara não apontou nomes e um relatório prévio da sindicância apresentado pelo Executivo no Legislativo não teria indicado irregularidades, embora a investigação ainda estivesse em andamento, não haveria motivo para ressuscitar o assunto.
Troca de farpas marca primeira sessão do ano na Câmara
Consultados, os vereadores, inclusive Francisco Harrisson, João Kaus, que integram e defenderam o governo na sessão de terça, teriam afirmado que, primeiro, vem o partido. Mesma posição teria manifestado a única secretária do partido no governo, Martha Zanella, titular da pasta de Cultura, Esporte e Lazer. No caso de Bolinha, ele já está no bloco da oposição.
A direção pedirá uma reunião com Pozzobom. "Queremos saber o que o MDB significa. Se somos adversários, então estamos do lado errado", adiantou a presidente local da sigla, Magali Marquês da Rocha (foto). É, a articulação do governo deixou a desejar em 2017, agora terá de mostrar serviço.